domingo, 31 de maio de 2009
Um perfume no ar
Manhã de domingo, céu nublado.
Tudo indica que deva ser um dia "enfurruscado", como diria a minha mãe.
Mas, em um quarto, sob n.º 39, no Centro Médico de Campinas, o sol brilha, o céu é azul, e há um especial perfume no ar.
Isso mesmo, estou escrevendo ainda de minha cama de hospital.
Quero contar para vocês que tem acompanhado todo esse processo comigo, como foram esses últimos dias.
A quinta feira foi de total ansiedade e expectativa, todo mundo andando na corda bamba, até as 17 hs, quando o Dr. Torres (mais conhecido entre nós por Dr. House..rs), deu as boas novas: a cirurgia foi um sucesso, melhor do que se esperava!
Vamos aguardar o resultado dos anatomos, para saber a continuidade do tratamento.
Mas, até que venham, o momento é de festa e agradecimento.
Primeiramente a Deus, que ouviu nossas preces, e quantas foram!!! Penso que Ele nem aguentava mais ouvir meu nome! rsrs
Sou grata a minha família, mais especificamente a Patricia e Thais, que têm cuidado de mim com carinho e dedicação.
E depois, a todos os familiares e amigos, incansáveis nas orações!
A toda equipe médica, que Deus conduziu, mesmo sem que soubessem.
A um sem número de enfermeiras que entram e saem deste quarto com medicação, medem a temperatura, pressão e atendem a cada chamado meu.
E algums delas, quando entraram aqui disseram:Este é o quarto mais perfumado do hospital!
Respondi que era o perfume da alegria, até que uma delas completou....é o perfume de Jesus.
E não é?????
fotos by Patty (Centro Médico de Campinas)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
"Faz um milagre em mim"
Tenho ouvido ultimamente, um cântico de louvor que tem tocado muito o meu coração, e tem sido a minha oração diária.
Talvez seja pelo fato de estar muito mais sensível nesse período de tratamento.
Hoje, véspera da cirurgia, que deve nos mostrar o resultado de todo esse processo, e direcionar os próximos passos, tive um dia abençoado.
Foram tantas orações, telefonemas, recados, cuidado de amigos e parentes tão queridos e tão preocupados comigo, que posso dizer agora, no final da noite, que meu coração esta leve e tranquilo.
Sei que o Senhor Meu Deus estará guiando todos os meu passos amanhã, e conduzindo as mãos daqueles que estarão cuidando do meu corpo.
Tenho certeza de que Ele já operou um milagre em mim, mas ainda assim, peço que se junte comigo nessa oração, quem sabe vc tb não precise de um milagre???
Como Zaqueu eu quero subir,
O mais alto que eu puder.
Só pra te ver, olhar para Ti,
E chamar sua atenção para mim,
Eu preciso de Ti Senhor,
Eu preciso de Ti o Pai.
Sou pequeno demais,
Me dá a tua paz,
Largo tudo pra te seguir.
Entra na minha casa, entra na minha vida,
Mexe com minha estrutura, sara todas as feridas,
Me ensina a ter Santidade,
Quero amar somente a Ti,
Porque o Senhor é meu bem maior,
faz um milagre em mim.
sábado, 23 de maio de 2009
Eu quero uma casa em Campos
Acho que ele deve ter estado lá, quando compôs a música!
Fomos todos surpreendidos ontem, quando da notícia do falecimento de Zé Rodrix.
Na hora me veio a canção, e cantarolei para minhas filhas que, embora conhecessem a música, não sabia nada sobre o compositor.
Falei o que sabia, o quanto era inteligente e versátil: compositor, cantor, marketeiro,escritor e de um humor inigualável.
Voltamos de Campos do Jordão na terça, bem no finalzinho do dia, e lá, naquele lugar privilegiado, eu havia cantado essa música.
Penso que, quando a escreveu, o Zé conseguiu expressar o desejo íntimo de cada um de nós que vive nos centros urbanos cheio de horários, compromissos, agito e muita, mas muita violência.
Esses dias passados lá, na tranquilidade e no frio, próprios do lugar, me deram ânimo novo para enfrentar o que esta por vir, é, semana que vem, quinta feira: cirurgia.
Naquele lugar de céu límpido, de um azul de doer nos olhos, e de noites frias e céu forrado de estrelas, que quase se pode tocar, a certeza de que estamos nas mãos poderosas e seguras do Criador, é confirmada.
A vontade, além de cantar a canção, é de vivê-la ali, naquele lugar mágico.
Há obras primas em nossa cultura musical, sem dúvida, essa é uma delas:
CASA NO CAMPO
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
E um filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos meus livros e nada mais!
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!
Obs.: Composição de Zé Rodrix e Tavito.
domingo, 10 de maio de 2009
10 de Maio - Dia das Mães
Era um domingo como o de hj. Dia de sol com esse arzinho frio de outono, céu azul de doer os olhos, mas eu só perceberia isso algumas horas mais tarde.
Morávamos ainda em Americana, e meus pais, já há muito, aqui na Chácara.
Acordamos cedo e fomos a Igreja, eu, Ronaldo e as meninas.
Lembro muito bem do encerramento da Escola Dominical: hinos, poesias e homenagem às mães. E que fiquei observando, com uma certa inveja, a esposa e a filha do pastor Joás, trocando abraços e beijos, e pensei que em poucas horas eu estaria fazendo o mesmo com minha mãe.
Sempre fomos muito ligadas, eu e ela. No período em que eu fazia faculdade, papai já era pastor na igreja de Americana, e eu morava com minha avó em Campinas. Quando chegava o final de semana, vinha para a casa deles, e a primeira coisa a fazer era ir para meu quarto, com a mamãe, e contar TUDO que havia acontecido durante aqueles longos cinco dias. Na manhã de sábado, íamos às compras. Papai ficava meio bravo com isso, mas acho mesmo que era um tanto de ciúmes por essa intimidade toda.
Naquele domingo terminada a ED, passamos em casa para trocar de roupa, para depois virmos para o almoço dominical, que nesse dia, também era "das Mães". Aproveitei para dar uma geral na cozinha, e nesse momento, não sei de onde, me veio uma tristeza e comecei a chorar, assim, do nada, sem nenhuma explicação.
Chegamos na chácara por volta do meio dia. Vazia. Meus pais, minha irmã e sobrinhos não haviam chegado ainda da igreja. Nessa época papai era pastor em Cosmópolis.
Como eu tinha chave da casa, entrei já ouvindo o telefone, que corri para atender.
A partir daquele momento, nossas vidas, minha, de minhas filhas, de meus irmãos e sobrinhos, mudou radicalmente.
Tenho lembrança de cada detalhe. De cada telefonema que tive que dar. De quantos abraços recebi. De quantas explicações dei.
A primeira pergunta era sempre a mesma: Os dois?? E a mesma resposta: É, os dois!
Depois de todas as providências tomadas, fui para o pomar. De lá fiquei olhando a casa cheia, como em dia de festa, como meus pais gostavam. Só não havia o som de risadas e músicas.
Apanhei uma laranja e, conforme ia comendo os gomos, para tentar amenizar o "bolo" que se formara em meu estômago, tive a certeza de que aquele momento, aquele lugar, aquela cena, jamais sairiam de minha memória.
Hoje, passados dezessete anos, o domingo é lindo, de sol e céu azul...e é dia da Mães.
Sem dúvida a dor é bem menor, mas a saudade, essa é imensa.
E eu sei que sempre que comemorar essa data, a cena no pomar, a lembrança daquele dia voltará, viva, como se o tempo não tivesse passado.
Mas não há mais tristeza, há só saudades e gratidão, o legado que me deixaram, a força, os princípios esses foram fundamentais para formar a pessoa que sou, e que tento hoje, passar para minhas filhas.
E há alegria,porque é DIA DAS MÃES, e tenho duas pessoas lindas a me lembrar disso, com beijos, abraços, como os que já dei.
"Herança do Senhor, são os Filhos"
Patty ainda bebê
e
Thatinha
Morávamos ainda em Americana, e meus pais, já há muito, aqui na Chácara.
Acordamos cedo e fomos a Igreja, eu, Ronaldo e as meninas.
Lembro muito bem do encerramento da Escola Dominical: hinos, poesias e homenagem às mães. E que fiquei observando, com uma certa inveja, a esposa e a filha do pastor Joás, trocando abraços e beijos, e pensei que em poucas horas eu estaria fazendo o mesmo com minha mãe.
Sempre fomos muito ligadas, eu e ela. No período em que eu fazia faculdade, papai já era pastor na igreja de Americana, e eu morava com minha avó em Campinas. Quando chegava o final de semana, vinha para a casa deles, e a primeira coisa a fazer era ir para meu quarto, com a mamãe, e contar TUDO que havia acontecido durante aqueles longos cinco dias. Na manhã de sábado, íamos às compras. Papai ficava meio bravo com isso, mas acho mesmo que era um tanto de ciúmes por essa intimidade toda.
Naquele domingo terminada a ED, passamos em casa para trocar de roupa, para depois virmos para o almoço dominical, que nesse dia, também era "das Mães". Aproveitei para dar uma geral na cozinha, e nesse momento, não sei de onde, me veio uma tristeza e comecei a chorar, assim, do nada, sem nenhuma explicação.
Chegamos na chácara por volta do meio dia. Vazia. Meus pais, minha irmã e sobrinhos não haviam chegado ainda da igreja. Nessa época papai era pastor em Cosmópolis.
Como eu tinha chave da casa, entrei já ouvindo o telefone, que corri para atender.
A partir daquele momento, nossas vidas, minha, de minhas filhas, de meus irmãos e sobrinhos, mudou radicalmente.
Tenho lembrança de cada detalhe. De cada telefonema que tive que dar. De quantos abraços recebi. De quantas explicações dei.
A primeira pergunta era sempre a mesma: Os dois?? E a mesma resposta: É, os dois!
Depois de todas as providências tomadas, fui para o pomar. De lá fiquei olhando a casa cheia, como em dia de festa, como meus pais gostavam. Só não havia o som de risadas e músicas.
Apanhei uma laranja e, conforme ia comendo os gomos, para tentar amenizar o "bolo" que se formara em meu estômago, tive a certeza de que aquele momento, aquele lugar, aquela cena, jamais sairiam de minha memória.
Hoje, passados dezessete anos, o domingo é lindo, de sol e céu azul...e é dia da Mães.
Sem dúvida a dor é bem menor, mas a saudade, essa é imensa.
E eu sei que sempre que comemorar essa data, a cena no pomar, a lembrança daquele dia voltará, viva, como se o tempo não tivesse passado.
Mas não há mais tristeza, há só saudades e gratidão, o legado que me deixaram, a força, os princípios esses foram fundamentais para formar a pessoa que sou, e que tento hoje, passar para minhas filhas.
E há alegria,porque é DIA DAS MÃES, e tenho duas pessoas lindas a me lembrar disso, com beijos, abraços, como os que já dei.
"Herança do Senhor, são os Filhos"
Patty ainda bebê
e
Thatinha
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