sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro.....


Campos foi tudibom!!!
Dias perfeitos para quem queria fugir do calor e do carnaval.
Tranquilidade absoluta.

Clima perfeito para preparação.....estamos na reta final! Quinta quimio na próxima terça, isto é, se o exame de sangue que fiz hoje permitir (resultado só na segunda).
Mas estou tranquila.....Afinal: TODAS (eu disse T O D A S!!!) as coisas concorrem para o BEM, daqueles que amam a Deus!!!!

Beijos amados

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Não pise na grama e Não beije na boca!





Costumava dizer que fora a impossibilidade de vida e não a ausência de amor que nos separara.
Havíamos nos conhecido pouco mais de um ano após uma dolorosa separação, a minha. Longas conversas, troca de poemas, segredos, confidências e a descoberta de uma alma sensível do outro lado da tela, o quê durou alguns meses, até que decidimos pelo encontro.
Quando aconteceu, foi como se nos conhecêssemos há séculos e, o que acontecia apenas em palavras tomou forma.
Sempre que falo sobre essa fase, digo que ele foi um divisor de águas, do tempo na minha vida. Sei de mim antes e depois dele, apenas isso. Diria que não apenas permitiu como estimulou o desabrochar (bonito isso, não?) da mulher que morava em mim, não aquela que andava pela casa, cuidava dos filhos e do marido, mas a que eu via, apenas eu, quando me olhava no espelho.
Quando nos separamos, apenas fisicamente, um ano depois, falei isso pra ele, que me respondeu: “Não fiz nada, esteve tudo sempre aí....só faltava florir”.
Por mais de dois anos, foram apenas os poemas, algumas frases trocando notícias, raríssimos telefonemas, e qualquer possibilidade de encontro rejeitada.....era preciso respeitar a impossibilidade da vida.
Bem, mas a vida..... a vida a gente sabe como é: reserva surpresas.
Um dia, chega um email: um curso aqui na cidade, seria possível um encontro??
Há certas coisas que o tempo não muda.
Fui buscá-lo final de tarde de um sábado.
Quando entrou no carro, beijou aquele beijo de cumprimento, como se nos tivéssemos visto no dia anterior, fiquei imaginando até que seria pelo hábito, um descuido,...fez brincadeiras, como sempre.....o tempo não havia mudado nada.
Como nada??? Pintei os cabelos, vc não notou????
Não conhecia a cidade, e disse: Estou em suas mãos, vc é a anfitriã!
Escolhi um dos lugares que mais gostava na cidade. Um bar/choperia, instalado em uma casa antiga, restaurada, com um jardim lindo e um cão maravilhoso como mascote.
Sabia que ele iria gostar.
Final de tarde, noite caindo, luzes do jardim começando a serem acesas, e a conversa rolando solta, alegre.
A vida acabara de tornar possível o reencontro. Coisa especial essa possibilidade, quantas pessoas tem esse privilégio? Nós tivéramos. Foi impossível ficar indiferente a emoções que o reencontro trazia.... olhos nos olhos, as mãos a se tocarem de leve....
A noite chegou mansa, as luzes acesas. E
Estávamos praticamente sozinhos naquele lado do jardim, apenas uma mesa mais adiante com uma família, o casal e duas crianças.
O clima era propício..... a saudades, as lembranças, a proximidade.....impossível resistir.....um beijo.....outro beijo.....mais um, daqueles que a gente vai de mansinho, sente a mão na nuca, fecha os olhos e...sonha.
Até que ouvimos: Com licença..... Licença??? De onde vinha aquilo?? Interrompemos o beijo.....o clima....o sonho....
A garçonete estava parada em nossa frente, nos olhando (a mim pareceu que com certa satisfação) como se fosse a coisa mais natural do mundo interromper uma casal, que troca beijos!
Fiquei pasma, mas ela continuou impassível: É que acontece o seguinte, é proibido beijar aqui.
Não, eu não estava ouvindo aquilo, era um pesadelo. Mas ela insistia: São ordens. A casa é familiar, e os beijos podem constranger as crianças.
Sorri, completamente sem ação, sem noção, sem chão. Claro, tudo bem. Só faltou pedirmos desculpas.
Mal conseguia olhar para ele, de tão envergonhada que estava. até que.....espere um pouco! Como é que é?? Não pode beijar??? Céus, mas onde estamos??
Isso mesmo, não se pode pisar na grama, nem beijar na boca nos jardins da choperia!!!!!
Sentia-me ridícula, uma senhora,com mais de quarenta anos (também não direi quantos acima....), advogada, respeitada, mãe de duas moças, ser interpelada por uma jovem, por estar trocando beijos.... eu disse BEIJOS!!!
Ficamos tão constrangidos, que não nos restou alternativa senão pedir a conta e sair dali.
O responsável pelos beijos, divertia-se com minha indignação: Já sei vc não vai ficar calada, não é??
Num esforço para entender a situação, pedi que a conta fosse trazida pelo gerente da casa, o que aconteceu depois de certa relutância por parte dos funcionários. Comentei o ocorrido e, que como frequentadora antiga da casa, estava constrangida.
Foi a mesma explicação: “pode constranger as crianças”.
Olhei a única mesa ocupada nas proximidades,a família continuava lá, onde já havia alguns copos de chopp vazios sobre a mesa, e disse com o gerente: O senhor certamente tem razão!
Certamente não valeria a pena argumentar com ele, com certeza ele acreditava que era mais correto nos constranger por trocarmos beijos, do que aos pais que bebiam na frente dos filhos.
E saímos dali,onde era proibido pisar na grama, beijar na boca e permitido beber à vontade!
Mas o momento merecia mais que proibições, saímos em busca de um lugar onde fosse permitido beijar, e achamos!E o encantamento voltou, agora, sem restrições.
E recomendo: Crianças, pisem na grama......beijem muuuuuito na boca, e esqueçam as bebidas alcoolicas, e sejam felizes!!!!

(Esse texto foi escrito há uns 5 ou 6 anos. Resolvi postá-lo, depois de tanto tempo, por saber, neste ultimo final de semana, que hoje em dia, uma parte do casal em questão, esta feliz, apaixonado e, pode beijar em qualquer lugar.Be happy, honey!!!)

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Oi, Linda! ou O quê é um nome?



Sabe aquela cena de Romeu e Julieta, quando ela, já apaixonada (tolinha..rs) e após descobrir que o objeto de seu amor, é inimigo fidagal de sua família, questiona a importância ou não de um nome, já que ambos estão apaixonados, tipo assim:

"Oh, Romeu Romeu.. Pq tinha de ser Romeu?
Renega teu pai, rejeita teu nome.
Ou então, Jura que me tens amor,
e deixarei de ser uma Capuleto..."


Pois hoje eu tô pra dizer que acho importante, é muito, um nome!
Claro que não estou aqui me referindo a sobrenomes quatrocentões, aqueles que se vangloriam de ter cinco ou seis sobrenomes, comprovando a descendência de famílias importantes.
Quero falar dos nomes que damos às pessoas que fazem parte de nossas vidas.
Por exemplo, não há uma explicação lógica para o fato de a minha filha Patricia chamar sua amiga Ana Paula, que se conhecem a bem uns 13 anos, de ZÉ. É isso mesmo, chamam-se, uma a outra de Zé, e o que era uma brincadeira, acabou pegando. Outro dia no meio de uma festa, a Ana de longe, chamou a Patty: ô Zé!!! Claro, a Patty atendeu, e ninguém mais entendeu!!
Mas esse não é o único nome que ela e suas amigas se reconhecem, tem também: Kabeça, Zóio, Tupicio e Fórfinho (essa eu amo de paixão). São todas essas aí da foto!
Claro, é uma brincadeira entre elas. Mas também é uma forma especial que escolheram de se reconhecer.
Acho uma graça, me divirto com elas, e fico também admirada, porque são amigas há muitos anos, estudaram juntas, mas hoje são profissionais formadas em áreas diferentes, e continuam amigas e seus "nomes" permanecem.
E são nomes especiais, mais que os escolhidos pelos seus pais, foram escolhidos por amigas, por razões diversas, mas carinhosas, que acabaram por marcar suas vidas.
É por isso que não entendo, e fico muito brava (nem todos meus genes ruins foram destruídos pela quimio!), é quando alguém chama a mim de: linda!
Bom, primeiro que não sou, segundo que estabelecem esse "linda" como nome padrão, nivelam e igualam a TODAS as mulheres. Como se não fossemos seres únicos e especiais.
Ou talvez por conhecerem tantas, seja uma maneira fácil de não errar o nome na hora de chamar por uma delas.
Entendo que sejam pessoas superficiais, distraidas, que não conseguem estabelecer com outra pessoa ligações sinceras, que resultem em cumplicidade, afinidade e amizade.
Só é pior quando nos chamam de "Ô tia, vai levar o tomate??" ou então aquela secretaria, mais para "secretina": "Vc pode aguardar na linha, querida?" e tantos outros nomes que rolam por aí sem o menor significado.
Portanto, discordando (guardada as devidas proporções) da querida Julieta x Romeu, um nome é importante SIM.
Meus amigos, na sua maioria, têm nomes especiais que lhes dei. Todos sempre por uma razão especial, porque são especiais, cada um com sua própria característica.Tem a Ly, a Esther Maria, a Lalá, o Coração, o Bebê, o Bé, o Rabuja.....
E eu também recebi nomes especiais dados por eles, para uns eu sou Tâ, Tan, Nanica, Peste, Tan tan, Taninha, até de Boba - Lerda - Zureta, mas sempre com muito carinho!!!!

Ah, Julieta.....se vc num tivesse cometido o desatino de tomar aquela poção que te deram, além de ter ficado viva e curtido seu amor, dava vc a ele, o nome especial que quisesse, mesmo que fosse Romeu.

What's in a name? that which we call a rose,
By any other name would smell as sweet.
William Shakespeare

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Insônia ou Noites Sem Sol


"Ouvi dizer que são milagres, noites com sol..."
Adoro essa música do Flávio Venturini, já ouvi um milhão de vezes e não me canso.
Bom, se ele "ouviu dizer" que são milagres, é porque o milagre não tinha ainda acontecido com ele, certo?
Elas são comuns na minha vida. Noites sem sol nenhum! São noites de insônia, que passo, esperando que o dia se torne de sol.
Parece meio trágico, né? Mas não é. Não me fazem tão mal assim, e sou capaz de passar o dia todo bem, embora não tenha tido uma noite inteira de sono.
Geralmente, durmo um primeiro e rápido sono, e aí, do nada, meus lindos olhinhos castanhos abrem e se recusam, terminantemente, a fechar novamente.
Olho o teto, às vezes ligo a tv,pego um livro, mas na maioria das vezes, faço o quê todos fazem nessa situação: Começo a pensar. E o pior pensar nos problemas e tentar encontrar soluções, tomar decisões.
Acho que foi a Cora Coralina (escritora/poetisa) que disse, em uma entrevista, que deveríamos ter ao lado da cama papel e lápis, para anotar tudo o que lembramos, pensamos, as ideias que nos surgem durante a noite, porque são as melhores.
Ainda não fiz isso, mas deveria, porque eu, insone, resolvo problemas, tomo decisões brilhantes, que no dia seguinte, não lembro mais. Um desperdício!!
Essa noite, aconteceu isso. Mesmo tomando minha "balinha" pra dormir, e tendo ido pra cama à meia noite, as duas da manhã estava acordadérrima, até agora 6:00. Pode ser que tenha, a insônia, alguma coisa a ver com a quimio, a quarta, que fiz ontem.
E resolvi, modernamente, seguir o conselho da Cora Coralina e, anotar as minhas decisões, tomadas lá pelas três ou quatro da manhã, ou seja, postar aqui no blog. (Tenho esperança de ficar famosa com meus posts, como meus amigos blogueiros que tem link aí do lado).

São duas:

Primeira: Decidi declarar meu amor. É isso mesmo, escrever, ligar, procurar por ele, o que seja, mas tornar claro, pra ele, é óbvio, meu amor. Mas também, para não assustá-lo, dizer que ele não precisa se preocupar por não corresponder, ou ter que tomar qualquer decisão relativa a isso agora. Vou lembrá-lo que estou no hangar (para lá que vão os aviões, que precisam de reparos,não é?), e até que os técnicos/médicos me liberem, não vejo possibilidades de grandes vôos, terei mesmo que ficar no chão, com pés, digo, pneus bem fincados.
Mas vou me declarar claramente, assim, bem redundante mesmo. Preciso fazer isso, muito mais por mim, do que por ele. Porque gosto de estar apaixonada, me faz sentir viva (que novidade..)E esse amor, ainda que unilateral, me faz um bem enorme, e deve ser declarado, quem sabe ele não precise de "Noites com Sol"? Claro que seria ótimo ser correspondida, mas, o simples fato de ter consciência da minha capacidade de amar, me faz mais feliz, e estar mais feliz, me faz muito bem e estando muito bem, aumento minhas chances de sair logo do hangar.
E quando sair do hangar,e puder voar pra vida....quem sabe?

Segunda
: Hoje mesmo vou comprar uma cama para a Thais! Desde que o pai dela veio ficar conosco, por conta de ajudar nas questões práticas do meu tratamento, ela tem dormindo ora na minha cama comigo, ora em um colchão no chão do meu quarto.
Sua recusa em dormir no quarto dela com o pai, é compreensível, ele ronca. Já no quarto com a irmã, nem tão compreensível assim, até agora não entendi! Prefere mesmo o meu, ainda que eu tenha noites como essa de hoje, atrapalhando o soninho dela.
Bem, o sol nasceu....e já entra pela minha janela, tornando minha noite COM sol, até porque, ela ainda não terminou.
Estou voltando para cama. Tentar um soninho até as nove, depois tenho que ir trabalhar hj. Assuntos inadiáveis me aguardam.
Ainda que tenha anotado as decisões aqui, quem sabe se quando acordar vou me lembrar e ainda mantê-las, costumo esquecer, e também posso concluir que nem são assim tão boas. Vamos ver.
Bom, ao menos em relação a cama para a Thais, num tem jeito,vou ter que levar adiante!

Bom dia!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

SINAIS

Não, não vou falar sobre o filme do Mel Gibson (Apesar de que, a bundinha dele bem que merece, né???rsrs).
Nem sobre os de trânsito, esses são bem fáceis de identificar: proibido estacionar, curva perigosa, sentido obrigatório, velocidade máxima permitida 80km...etc...etc... (céus, minha carteira tá vencida!!!!).
É um assunto que, confesso, tem me incomodado nos últimos tempos.
Falo dos sinais que emitimos.
Desde recém nascidos, somos compreendidos por nossos sinais.
Quando o bebê chora, está com frio, fome ou, algumas, vezes doente.
Quando criança, o choro continua sendo um sinal, acrescido de bater de pés, quando não muito bem educadas, ou até silêncio e recolhimento.
Adolescentes tem os tais dos questionamentos, transgressões, demonstrados por roupas "diferentes", cabelos coloridos, piercings.
A dificuldade na leitura e emissão, se dá no momento em que começa o interesse pelo sexo oposto. Parece que dá um "tilt" na máquina, e eles se confundem todos.
E fico me perguntando por que isso acontece, por que passamos a "dissimular" nossos sinais?
Claro que no começo, no princípio de qualquer relação, os sinais são claros, tipo: olhares, frases, telefonemas, demonstrações de carinho.
No entanto, quando ocorre um "desinteresse", a coisa toda muda de figura....
Espera-se que o ser em questão, perceba nas entrelinhas, ou apenas "fique no ar".
Isso ocorre mais especificamente com as pessoas que se conhecem pela internet. Eu disse "mais", e não "só" na internet.
A net facilita conhecer muitas pessoas ao mesmo tempo, e fazer uma seleção natural entre elas, "deletar" é fácil, só clicar lá e, pronto, tá feito.
O que considero complicado, é a maneira com que se lida com isso.
Daí a importância dos sinais que mandamos.
A minha sugestão, para facilitar a vida, seria usar os sinais de trânsito:

Quem não estivesse disposto a ter alguém em sua vida, usaria: "proibido estacionar".

Sendo o interesse apenas de amizade: "estacionamento permitindo das 8 às 18hs".

Para quem quer só se divertir: "curva perigosa a direita!"

Os novatos, recem separados: "Velocidade máxima permitida 40km".

Gostou da idéia??? Ótimo!
Agora, para o bem da humanidade, e sanidade mental de todos......pega o livrinho, e reaprenda os sinais, e decida qual vai usar!
Caso contrário, estaremos sujeitos ao caos no trânsito das nossas vidas....serão "veículos" danificados, muitos sem possibilidade de recuperação e sem seguro que cubra, danos em terceiros e PT, ops.....leia-se "perda total" (nada a ver com partido político...rs)

É só uma sugestão!!!!!